sexta-feira, 8 de abril de 2011

Noite de estreia para o Cinema Sergipano

Texto: Chris Matos | fotos: Marcos Daniel
(texto e fotos originais em www.audiovisualkipa.wordpress.com)



“Xandrilá não é um projeto meu, do Isaac Dourado ou do Arthur Pinto. O filme carrega o nome do nosso Estado e é a prova de que Sergipe é um lugar propício para o cinema”, declarou André Aragão, diretor do curta lançado em grande estilo na noite da última quarta-feira. Diante de uma plateia numerosa, que lotou o Teatro Tiradentes, André falou do desafio que foi tocar o projeto e da satisfação ao constatar o resultado de tanto trabalho.



A ideia da realização do filme surgiu em setembro do ano passado, a partir da leitura do conto homônimo de Isaac Dourado, que decidiu dar vida a um dos seus personagens (Peper) e convidou a atriz e modelo Huana Paula para contracenar ao seu lado, no papel da atrevida Renata. A cantora Antônia Amorosa e o apresentador Bareta também participaram da produção.

Em pouco tempo, o conto transformou-se em roteiro cinematográfico pelas mãos de Cibele Nogueira e de André Aragão. A cantora Patrícia Polayne somou-se ao projeto e assinou a trilha sonora do filme, que contou ainda com músicas da banda sergipana Karne Krua. A fotografia ficou a cargo de Arthur Pinto, e as produtoras sergipanas SeteNove e Gonara Filmes tocaram o projeto, que também teve o apoio do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira | Programa Olhar Brasil.



Antes da exibição do curta, Isaac Dourado apresentou algumas manchetes de jornal relativas a estupros, assassinatos e fraudes. Ele falou sobre como aquela realidade, tão frequente nos noticiários, serviu de base para a construção do filme. Dourado também criticou a falta de espaço na mídia para temas ligados à arte, à cultura, ao cinema. “Pra que ser artista, pra que fazer cinema se as manchetes dos jornais são sempre as mesmas?”, questionou.

Apresentações da cantora Patrícia Polayne e da banda Karne Krua também marcaram a noite de estreia. Antes de subir ao placo, Patrícia falou sobre a oportunidade de trabalhar junto com a equipe do filme. “Compor para o cinema é gostoso, porque se trabalha com a fantasia, com o imaginário. Xandrilá veio para quebrar tabus, e eu desejo muita sorte para o filme, porque eu acredito que ele vai marcar o cinema sergipano”, afirmou a cantora.



André Aragão e sua equipe apostaram num projeto ousado e tiveram bastante sucesso na produção do curta. O diretor acertou também ao afirmar, antes da exibição de Xandrilá, que “Sergipe é cultura, e Sergipe também é cinema”. Algo que pôde ser comprovado a partir da participação do público durante o lançamento do filme, que foi aplaudido com euforia ao final de sua apresentação.

por Chris Matos | fotos: Marcos Daniel

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